domingo, 7 de fevereiro de 2010

TRATAMENTO

O TRATAMENTO


Quando descoberto nos estágios iniciais, o câncer de mama tem chances muito altas de ser curado. Mesmo em fases mais avançadas, sempre há a possibilidade de aumentar a sobrevida da mulher escolhendo-se o tratamento correto para o caso.


Como os avanços tecnológicos nessa área aumentam o cada dia, é muito importante conhecer as formas modernas de tratar a doença, para não se deixar impressionar por mitos. Seja qual for o tratamento, mais ou menos agressivo, com mais ou menos efeito colateral, ele só pode ajudar. Aquela conversa de que “o tratamento é pior que a doença” não faz sentido, porque a vida vale muito mais que situações temporárias de mal-estar ou perda de fios de cabelo. Lembre-se: todo tratamento é muito mais eficaz quando a pessoa que se submete a ele decide realmente superar a doença.


Existem muitos tipos de tratamentos e são ministrados de acordo com o estado clínico de cada paciente e o estágio da lesão.
Os tipos de tratamentos podem ser feitos através de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e em muitos casos é necessário combinar essas modalidades.


CIRURGIA


Há dois tipos principais de intervenção cirúrgica para tratar o câncer de mama. Cabe ao especialista decidir qual a melhor para cada caso, com base em diversos fatores, como o tamanho do tumor. Basicamente, essas cirurgias retiram, em maior ou menor grau, uma parte da mama. Depois dessa operação, sempre há a possibilidade de se reconstruir a mama total ou parcialmente, por meio de processos cirúrgicos atuais.
Os tipos de intervenção cirúrgica são:


Mastectomia: É a forma mais antiga de cirurgia para tratar a doença. Por meio dela, é retirada a mama inteira, com ou sem o músculo peitoral menor. Essa intervenção costuma ser complementada com a extração dos gânglios linfáticos (linfonodos) da axila que fica do lado da região afetada pelo câncer. Esses linfonodos retirados são submetidos a um exame profundo para se constatar se foram ou não afetados pela doença.
Quadrantectomia: Nesse caso, apenas uma parte da mama é retirada, como se fosse uma fatia de pizza. Esse tipo de cirurgia precisa ser complementada com o tratamento de radioterapia. Como na mastectomia, costuma ser seguida pela retirada dos gânglios linfáticos, caso após a realização da técnica do linfonodo sentinela (primeiro linfonodo acometido) se mostrar positivo.


Setorectomia: Esse procedimento é utilizado quando o câncer está bem localizado, chamado in situ no local, denominado in situ (estadiamento muito precoce). Retira-se apenas a região acometida e uma pequena margem de segurança. Não é necessária a retirada dos linfonodos axilares.


QUIMIOTERAPIA


A quimioterapia é um medicamento para destruir as células doentes que formam um tumor. É um tratamento administrado por enfermeiros especializados e auxiliares de enfermagem, podendo ser feito das seguintes maneiras: Via oral, Via Intravenosa, Intramuscular, Subcutânea entre outros. As aplicações podem ser feitas diárias, semanais, mensais.
Infelizmente quase sempre a quimioterapia provoca muitos efeitos colaterais e reações adversas ao paciente, o que pode deixá-lo um pouco debilitado e até mesmo mais vulnerável a infecções entre outras coisas, devido à imunidade e resistência do organismo que são afetados.
Efeitos Colaterais
Muitas pessoas ficam temerosas dos efeitos colaterais da quimioterapia. Entretanto, é importante destacar que:
•Nem todos os pacientes desenvolvem efeitos colaterais
•Substâncias diferentes podem causar diferentes efeitos colaterais
•Os efeitos colaterais, quando ocorrem, podem ser leves.
Muitos dos efeitos colaterais resultam dos danos causados pela quimioterapia sobre as células normais do corpo. Uma vez que o tratamento afeta o processo de crescimento e de multiplicação das células, e mais especificamente das células de multiplicação rápida, as áreas mais afetadas são aquelas nas quais as células normais crescem e se multiplicam mais rapidamente:
O revestimento do sistema digestivo que inclui: boca, esôfago, estômago e intestinos – nessa área os efeitos colaterais podem ser estomatite, dor de garganta, diarréia e constipação.


Pele e cabelos – pode ocorrer afinamento ou queda de cabelo, que é gradual e começa cerca de duas a três semanas após o início da quimioterapia. Uma vez concluído o tratamento, os cabelos crescem novamente, geralmente na mesma intensidade que cresciam antes. A maioria dos pacientes recupera o volume normal de cabelos após seis meses. Às vezes, os cabelos se mostram mais macios e enrolados que antes e não ficam da mesma cor. Nem todas as substâncias quimioterápicas causam queda de cabelo.
As náuseas e os vômitos são também efeitos colaterais muito comuns da quimioterapia. E como são amplamente dependentes das substâncias usadas em cada paciente, nem sempre é possível prever quem será afetado ou até que ponto o paciente será afetado. Algumas pessoas não manifestam nenhum efeito colateral. Esses efeitos podem se manifestar durante alguns minutos até poucas horas após a administração da quimioterapia e podem persistir de algumas horas até vários dias – cada paciente é um caso único. Mais recentemente foram introduzidas medicações de suporte que podem virtualmente eliminar as náuseas.
A perda de apetite, freqüentemente com alteração do paladar normal, também é um efeito colateral muito comum da quimioterapia. Muitas pessoas também manifestam sensação geral de cansaço e letargia durante o curso da quimioterapia. Algumas pessoas também se mostram mais irritáveis que o normal.


O que pode ser feito para evitar os efeitos colaterais, ou torná-los mais toleráveis.
Estomatite e dor de garganta - lavagem bucal com água morna e bicarbonato de sódio freqüentemente ajudam. Escovar os dentes suavemente após cada refeição para prevenir infecções.
Perda de apetite: pode ser causada por náuseas, mas também ocorre porque os alimentos têm outro paladar durante o curso de uma quimioterapia. Com freqüência, a ingestão mais freqüente de refeições menores, não cozinhar, ingerir alimentos frios em vez de quentes e evitar alimentos muito aromáticos pode ajudar. É muito importante manter uma ingestão satisfatória de líquidos, mesmo quando a refeição não for apetitosa.
É importante lembrar que o médico saberá quais são os efeitos colaterais causados pelo quimioterápico usado e o que pode ser feito para diminuir ou eliminar esses efeitos. Portanto, a maioria dos pacientes não terá necessidade de seguir essas instruções.


RADIOTERAPIA


A Radioterapia é um tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são vistas e durante a aplicação o paciente na sente nada. Normalmente a radiação é aplicada em locais específicos e delimitados pela área que será exposta através de uma tinta especifica, que serve como guia para que o aparelho possa radiar somente neste local. A radioterapia também pode causar efeitos colaterais aos pacientes, contudo quase sempre em menor proporção que a quimioterapia. Pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento dos tumores.
Vale lembrar que todo procedimento e tratamento são únicos para cada paciente e organismo, reagindo de formas e maneiras diferentes em cada um. O paciente deve seguir sempre as indicações do médico e enfermeiros da área para que possam evitar transtornos desnecessários durante o tratamento. Os efeitos e reações causados em um paciente não devem ser relevantes a outro paciente ainda que se trate de problemas parecidos ou em locais semelhantes.

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